A dor abdominal funcional é um grupo de distúrbios gastrointestinais recorrentes que inclui: dor abdominal recorrente, dispepsia funcional e síndrome do intestino irritável.
O que você precisa saber por agora é: qualquer desconforto frequente e doloroso na região do abdômen que não pode ser explicado por qualquer anormalidade visível ou detectável, é conhecido como dor abdominal funcional.
É a condição mais comum observada pelos gastroenterologistas pediátricos, e o diagnóstico pode ser feito em crianças que sofrem desse quadro durante dois meses ou mais.
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Acredita-se que a causa para a dor abdominal funcional varia de paciente para paciente. Porém, diversos estudos têm mostrado uma relação deste quadro com a sensibilidade aumentada dos nervos encontrados nos músculos do intestino. Acontece que estes reagem às secreções que ele mesmo produz.
Para entender melhor: nosso intestino produz uma série de substâncias e secreções que, a rigor, não provocam nenhum tipo de reação anormal em nosso organismo. O mesmo vale para o cérebro, seus sinais nervosos e sua conexão com o intestino.
Um paciente com dor abdominal funcional tem a inervação do intestino tão sensível que, a qualquer contato com algo mais ácido, concentrado ou o que quer que seja, reage negativamente, provocando desconforto.
Além disso, ainda há uma sensibilidade aumentada desses nervos à função normal do trato gastrointestinal. Então, quando ele se estica e empurra os alimentos para baixo, até mesmo esse movimento pode provocar dor.
As funções diárias do trato gastrointestinal, como esticar e empurrar os alimentos para baixo depois que comemos, podem parecer mais dolorosas devido a esses nervos sensíveis. Mais do que isso: quaisquer períodos de estresse, ansiedade e depressão pioram os sintomas por causa da interação entre o cérebro e intestino.
Importante: a dor abdominal funcional não é causada por anormalidades anatômicas, bioquímicas, inflamatórias ou infecciosas.
A dor associada à dor abdominal funcional é descrita como forte, e pode ser crônica ou recorrente, e ainda ir ou vir, ou ser contínua. Ela é geralmente sentida entre o peito e a pelve, concentrando-se mais comumente ao redor do umbigo.
Além disso, esse desconforto também pode ser agravado por outras condições como refluxo esofágico, prisão de ventre, alergia alimentar, efeitos colaterais de medicamentos, infecções virais ou bacterianas, ou ainda estresse e ansiedade.
Por fim, o paciente pode apresentar vômitos, náuseas, gases e sensação de queimação na região do estômago, diarreia ou constipação.
Lembra que mencionamos, logo no primeiro parágrafo, que essa condição possui vários tipos? Bem, aí vão eles:
Em primeiro lugar, o pediatra fará um histórico detalhado da dor e realizar uma série de exames físicos. Além disso, também costumam ser pedidos:
Procedimentos mais extensivos como a endoscopia, por exemplo, são geralmente realizados apenas se os exames básicos de laboratório não forem suficientes para o diagnóstico de dor abdominal.
O principal objetivo do tratamento para a dor abdominal funcional é restaurar a função normal do intestino. Para isso, os seguintes recursos podem ser escolhidos pelo pediatra:
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