Você sabia que milhares de brasileiros, atualmente, não conseguem digerir a lactose? Ela é um tipo de açúcar encontrado no leite e derivados, e esse quadro, provoca uma “baita dor de barriga” depois que a pessoa ingere qualquer produto que a tenha em sua composição.
Quando isso acontece, um dos diagnósticos mais prováveis é o de intolerância à lactose. Essa condição não costuma ser prejudicial à saúde, mas pode ser bastante desconfortável.
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Quando bebemos leite ou comemos algo derivado dele, nosso intestino delgado produz uma enzima chamada lactase. Ela é responsável por quebrar a lactose, um tipo de açúcar, em glicose e galactose. Esse processo é importante porque é ele quem garante a digestão completa desses alimentos.
O que acontece com pessoas intolerantes à lactose, então, é que elas não produzem lactase o suficiente para digerir produtos e alimentos que contenham a lactose em sua composição.
Em vez disso, ela segue para o cólon, onde se mistura com bactérias do intestino e é fermentada por elas, formando ácidos graxos e gases de cadeia curta. Isso causa inchaço, flatulência e dor.
É o tipo mais comum de intolerância à lactose. Só no Brasil, cerca de 40% da população possui esse quadro.
Todos os mamíferos iniciam a vida produzindo muita lactase, já que o leite é o principal alimento dos bebês (e o leite humano é o mais rico em lactose de todos). Com o crescimento, essa produção diminui de forma acentuada e a digestão da lactose é comprometida progressivamente. Os sintomas costumam surgir na idade adulta, porém, em alguns casos, a intolerância aparece ainda na adolescência.
Suas causas podem estar relacionadas à genética, principalmente em descendentes de indianos, africanos, asiáticos e hispânicos, ou ainda ao histórico familiar do paciente.
Essa forma de intolerância à lactose ocorre quando o intestino delgado diminui a produção de lactase após uma doença, lesão ou cirurgia.
Entre as doenças associadas ao problema, estão a doença celíaca, diarreia provocada por gastroenterite viral, alergia à proteína do leite de vaca e a doença de Crohn.
Dessa forma, quando temos diarreia por uma infecção intestinal, por exemplo, perdemos temporariamente a capacidade de digerir a lactose.
O tratamento da doença de base é a melhor forma de restaurar os níveis de lactase no organismo.
Apesar de extremamente raro, é possível que o bebê nasça com intolerância à lactose. Isso acontece quando o distúrbio é passado geneticamente em um padrão de herança chamado autossômico recessivo. Isso significa que a mãe e o pai transmitiram para o filho a mesma variante do gene que vai provocar a deficiência de lactase no organismo do pequeno. Neste caso o bebê tem diarreia intensa desde os primeiros dias de vida. O quadro é bem diferente de alergia às proteínas do leite de vaca.
Se não for administrada adequadamente, a intolerância à lactose pode causar problemas digestivos graves. Além disso, é comum que o paciente tenha os seguintes sintomas:
A gravidade dos sintomas varia de acordo com o nível da intolerância.
O médico costuma suspeitar de intolerância à lactose com base nos sintomas do paciente e na resposta do organismo dele à redução da quantidade de laticínios em sua dieta.
A confirmação do diagnóstico pode ser feita por meio dos segundos exames:
Atualmente, não há como curar a intolerância à lactose, e sim controlá-la. Para isso, basta:
A maioria das pessoas com intolerância toleram produtos com baixo teor de lactose (bolos, pão de queijo, queijo). No entanto, se ingerirem uma grande quantidade desses alimentos, podem apresentar sintomas.
Quando as reações são intensas a um alimento que possui apenas uma pequena quantidade de lactose, devemos desconfiar que talvez essa pessoa tenha um problema com a proteína do leite de vaca.
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