No dia 05/05/20, comemora-se o Dia Mundial da Asma. Esse dia é organizado pela GINA (Global Initiative for Asthma) e tem como objetivo conscientizar a população e aumentar a prevenção da doença.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que a asma acometa cerca de 235 milhões de pessoas em todo o planeta. No Brasil, é a quarta causa de internação, matando cerca de 2 mil pessoas por ano, além de afetar aproximadamente 20% de todas as crianças e adolescentes.
Além de causar crises graves e potencialmente fatais, a asma também piora a qualidade de vida ao dificultar atividades que exijam até mesmo pouco esforço físico.
Nesse texto, vamos entender o que é a asma, como perceber seus sintomas, quais são os tratamentos disponíveis e, claro, os cuidados que devemos ter para amenizar as crises.
A asma é uma doença respiratória crônica causada pela inflamação das vias aéreas. Nela, há um estreitamento ou contração dos brônquios e bronquíolos (canais que levam ar aos pulmões), dificultando a passagem de ar e tornando a respiração difícil, levando à famosa falta de ar e o chiado no peito.
Fatores genéticos e ambientais são responsáveis por gerar e/ou agravar os quadros de asma. Entre os primeiros (que dizem respeito àquelas características individuais com as quais já nascemos), destacam-se a história familiar (principalmente de pai e mãe), a presença de dermatite atópica (alergia que leva ao ressecamento da pele), a rinite alérgica e a obesidade.
Já dentre os aspectos ambientais, a variação climática, a exposição à poeira, ao ácaro e ao tabaco, e as infecções virais são de extrema importância para a asma.
Não! A bronquite se refere apenas à inflamação dos brônquios devido ao acúmulo de secreção. É geralmente provocada por vírus ou bactérias, tem um período curto de duração e seus sintomas são marcados pela presença de uma tosse úmida, com secreção e catarro abundantes, que pioram com a mudança de posição.
A asma tem sintomas bem característicos e seu diagnóstico deve ser realizado de forma segura por um profissional de saúde. Estes incluem:
Atenção: os sintomas da asma pioram à noite e nas primeiras horas da manhã, ou em resposta à prática de exercícios físicos, à exposição à alérgenos, à poluição ambiental e às mudanças climáticas.
*Fonte: Ministério da Saúde
A asma é classificada em diferentes graus de gravidade, que variam de acordo com a intensidade dos sintomas e sua recorrência. Sendo assim, ela pode receber as seguintes denominações:
O diagnóstico da asma é essencialmente clínico, obtido por meio da história do paciente e de um exame físico. Perguntas como “o tipo dos sintomas”, “o horário de piora” e “as medicações usadas para o alívio destes” são muito frequentes para confirmar as suspeitas do médico sobre essa doença.
Além disso, a radiografia de tórax é essencial, principalmente no primeiro episódio de chieira ou quando associada a outros sintomas como a febre, por exemplo. Por meio dela, podemos descartar alterações pulmonares que poderiam levar a quadros semelhantes ao da asma.
A espirometria é um exame de extrema importância, pois avalia a função pulmonar. No entanto, crianças pequenas não conseguem realizar o exame porque este depende de coordenação respiratória. Nesses casos, o diagnóstico é essencialmente clínico.
A resposta também é não! Algumas outras doenças podem apresentar sintomas semelhantes ao da asma. Dentre elas estão: bronquiolite, laringotraqueomalácia, anéis vasculares, aspiração de corpo estranho, dentre outros.
Nesses casos, o tratamento habitual não trará nenhuma melhora nos sintomas. Por isso a importância da avaliação médica.
A asma não tem cura, mas controle. Com o tratamento adequado, os sintomas podem melhorar ou até mesmo desaparecerem com o tempo, permitindo que a pessoa tenha uma vida completamente normal. Além disso, evita o chamado remodelamento ou deformidade pulmonar, que é irreversível.
O tratamento, por sua vez, consiste no controle dos agentes desencadeantes das crises e no uso de medicamentos, tanto para alívio dos sintomas como para prevenção:
Não devemos tratar apenas as crises de forma pontual, com idas ao hospital somente quando a criança está chiando. O tratamento contínuo garante que o problema não se manifeste outras vezes, e melhora a qualidade de vida dos pequenos.
As bombinhas, usadas para controle da crise e prevenção, não viciam e não atacam o coração. Inclusive, são muito mais seguras e benéficas que os antigos xaropes. Se prescritas por um especialista, devem ser usadas de forma contínua, pois só trarão benefícios!
Já que não podemos curar a asma, devemos aprender a conviver com ela.
O primeiro passo é conhecer a doença e ficar atento(a) aos seus sinais. Saber suas causas, sintomas e a forma de prevenção diminuem a ansiedade e o medo sobre a doença.
Em segundo, cuide da sua casa e do seu ambiente de trabalho, e cobre por medidas básicas de higiene da escola de seus filhos.
Por fim, participe das campanhas de vacinação. Em caso de dúvidas, procure um bom Pneumologista.
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