Leite, amendoim, camarão, chocolate etc. Todos eles têm algo em comum quando o assunto é a dieta do pequeno: a alta probabilidade de causarem uma alergia alimentar.
É claro que os motivos para tal são distintos, mas uma coisa é certa: seja no boca-a-boca, ou na internet, existe muita desinformação sobre esse assunto.
A cada dia que passa, testemunhamos mais e mais pais que cortam o glúten das refeições de seus filhos, assim como a lactose, os frutos do mar e por aí vai. E o motivo? Medo de intoxicações, alergias, intolerâncias etc.
Isso acontece porque, devido ao crescente acesso à informação, nós descobrimos cada vez mais casos de pessoas que sofrem porque não podem “com isso” ou “aquilo”.
Consequentemente, o “buzz” que gira em torno desse assunto chega até a causar uma espécie de comoção/histeria na população. Aí, quando assustamos, as famílias estão excluindo nutrientes importantes de suas dietas por puro terrorismo e desinformação.
É por isso que, hoje, preparei um texto com tudo que você precisa saber sobre as alergias alimentares na infância, desde como e por que elas acontecem, até o quê fazer para lidar com elas do jeito certo.
Vamos lá?
Como o próprio nome sugere, a alergia alimentar acontece quando o seu sistema imunológico reage a um alimento em particular.
Como muitos sintomas costumam ser atribuídos erroneamente às alergias alimentares, é importante, em primeiro lugar, que os pais saibam diferenciar intoxicações e intolerâncias de alergias. Em segundo, é essencial saber como identificar os sintomas de uma alergia alimentar e lidar com eles do jeito certo para manter seus filhos seguros e saudáveis.
Então, vamos por partes:
Além dos diferentes “males alimentares” que listamos logo acima, também precisamos conversar sobre os tipos de alergia alimentar, principalmente antes de passarmos para os seus sintomas. Até porque, como você verá à seguir, tudo está relacionado de alguma forma.
A imunoglobulina E é um anticorpo comumente encontrado, em baixa concentração, em algumas células do nosso sangue como os mastócitos e basófilos, por exemplo.
As alergias alimentares mediadas por esse anticorpo fazem com que o sistema imunológico do paciente reaja de maneira anormal quando exposto a um ou mais alimentos específicos como leite, ovo, trigo ou nozes.
Quem possui esse tipo de alergia alimentar reage imediatamente após a ingestão do alérgeno. Os sintomas mais comuns do aumento dos anticorpos IgE no organismo incluem: urticária, congestão, vermelhidão nos olhos, inchaço nos lábios, língua e/ou garganta, falta de ar, náusea, vômito, diarreia, pulso fraco, ansiedade entre outros.
As alergias alimentares não mediadas por IgE são causadas por outros componentes do sistema imunológico. A maioria alimentos causadores desse tipo são leite de vaca, soja e trigo.
Aqui, as reações não aparecem imediatamente e, geralmente, são relacionadas ao trato gastrointestinal, como vômitos, diarreia, cólicas e sangue nas fezes.
Quando o sistema imunológico do nosso corpo reage exageradamente a certos tipos de alimentos, os seguintes sintomas podem ocorrer:
A verdade é que qualquer alimento pode causar alergia. Tudo vai depender do organismo do paciente e da sua resposta aos antígenos.
No entanto, diversas pesquisas têm mostrado que os seguintes alimentos são mais propensos a causarem alergias:
Dica: em crianças, a alergia alimentar mais comum é a APLV (alergia à proteína do leite de vaca). Ela afeta cerca de 6% dos pequenos que têm menos de 3 anos, manifestando-se ainda no primeiro ano de vida. A boa notícia é que, em 80% dos casos, a criança desenvolve tolerância até os 5 anos, podendo voltar a ingerir o alimento em questão.
O diagnóstico de alergia alimentar não é tão simples, nem mesmo para o médico, e por isso deve ser SEMPRE feito por um profissional. Então, nada de diagnósticos caseiros, combinado? Antes de cortar algo da alimentação do seu filho, consulte um especialista.
Para identificar o quadro, o médico se baseia no histórico do paciente e em alguns exames laboratoriais. Procedimentos como o teste de provocação e a biópsia intestinal são raramente indicados, mas podem ser necessários em alguns casos.
Além disso, o profissional ainda excluirá todas as outras possíveis causas dos sintomas da alergia, e avaliará a gravidade do caso, preparando os pais para possíveis reações futuras (cuidados e medicamentos necessários) e orientando sobre adequações nutricionais (caso ocorra restrição de algum alimento importante para a saúde da criança).
O tratamento para a alergia alimentar é a própria e total exclusão do alimento que provoca esse quadro. Na maioria dos casos, os sintomas melhoram com o tempo.
Contudo, dependendo da manifestação alérgica, alguns medicamentos são utilizados para amenizar o processo, como anti-histamínicos, corticóides, cromoglicato e inibidor de leucotrienos.
Boa notícia para você: não! A maioria das alergias alimentares costumam melhorar ao longo do tempo e até mesmo serem revertidas completamente. Sim, isso quer dizer que, em determinado momento da vida (este definido, obviamente, pelo médico), seu pequeno poderá voltar a consumir aquilo que um dia já lhe fez mal (alergicamente falando, claro).
Contudo, em alguns casos, a alergia pode ser para sempre, principalmente aquelas relacionadas à oleaginosas e frutos do mar.
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